terça-feira, 18 de agosto de 2015

Um tempo atrás eu fui diagnosticada com depressão e durante um bom tempo eu tentei me enganar  e enganar os outros com relação a isso.
Tentei de todas as formas mascarar algo que me consumia dia após dia, a cada levantar ou não da cama. Por causa dos efeitos colaterais eu escolhi deixar os remédios de lado e optei por outras formas de tratamento.
Fiz boxe, defesa pessoal, comecei a pedalar...e me sentia muito bem, muito plena.
O que eu não sabia é que o "cão negro" não sei vai assim tão fácil, e por muitas vezes eu recaí.
Em uma dessas recaídas eu abri o jogo pras pessoas que eu julgava que entenderiam. Um casal de amigo segurou na minha mão naquela época e nunca mais largou, em contrapartida algumas pessoas me viraram as costas e disseram que isso era uma forma de chamar a atenção, que era frescura.
A reação dessas pessoas me doeu mais do que todas as crises de pânico que tive.
Por medo de estar só eu não abandonei essas pessoas. Que erro...
Não os abandonei e fiquei sendo criticada por inúmeras vezes.
Alguns dias atrás uma nova recaída. 
Dias no quarto, humor inconstante, muita fome ou fome nenhuma, o que fez com que minha pressão estagnasse no 8/5; nesses dias eu magoei pessoas que me querem bem pelo simples fato de sentir medo.
Senti medo de ser criticada por eles também.
Senti medo de ser julgada.
Senti medo de ser taxada de novo como alguém que quer aparecer.
O motivo de eu estar aqui escrevendo isso de uma vez só, sem quase respirar, é um só: não virem as costas quando alguém pedir sua ajuda.
Para um depressivo não é fácil contar e pedir sua socorro.
Não é fácil mostrar o que em nós dói.
Se alguém lhe contou, se alguém pediu, por favor, AJUDE!

Esse vídeo é bem interessante e esclarece muitas coisas, lembrando que cada pessoa vive a situação de uma maneira: https://www.youtube.com/watch?v=u5f7sWVEazs


1 comentários:

ANGELICA LINS disse...

Estou por aqui lindinha...
Mesmo de longe posso ouvir-te quando desejar.
Sempre, sempre...
Um beijo perfumado de flor Angélica.