quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

As pessoas e a poesia.

Sei lá, mas acho que tem gente que parece poesia.
É...tenho um grupo de amigos que pra mim podem ser facilmente encontrados nos textos de Bukowski. 
Outras pessoas são tão intensas, tem tanta vontade de viver e aproveitar de tudo que só consigo relacioná-las aos devaneios de Caio Fernando Abreu.
Em outras amigas eu encontro o Carpinejar e seu jeito irreverente e realista, o jeito de amar e se doar de corpo e alma.
Também conheço gente linda como Mário Quintana. Pessoas lindas mas solitárias e de certa forma até meio conformadas com isso. ("Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas").
Tem gente que é poesia encantadora, daqueles que nos prendem o olhar, nos ganham de forma indescritivel, viram parte da gente.
Tem uns humanos aí que são poesia melancólica, e mesmo assim a gente encontra beleza nesse viver.
Creio que não importa que poesia cada um é, acho que o legal é a gente se permitir ler o outro, tentar absorver o que o olhar, os gestos, as palavras ditas ou não representam pra eles e pra nós.
O bonito disso tudo é se deixar encantar por essas poesias ambulantes que encontramos na nossa caminhada.

- Alice A.

2 comentários:

Paulo C. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo C. disse...

A autora também parece poesia, de diversos estilos.

Ótimo texto.