sábado, 18 de agosto de 2012

Alice Aquino

Dias ruins marcados firmemente na memória. Sei que pra mim e pra você.
No meio do furacão ainda sorrimos, juntos e separados. Ainda seguramos a mão um do outro.
Aprendemos com tudo isso a sermos mais sinceros um com o outro.
Aprendi em alguns dias o quanto a tua ironia e raiva podem magoar e machucar.
Entendi que o sentimento que eu carrego comigo, dia após dia, não será o bastante pra te fazer entender tudo o que tantas vezes repeti.
Tua confiança foi abalada, e qualquer mínimo erro meu vira um grande monstro feio e mal.
E por mais que eu tente, me desnude e mostre tudo o que carrego aqui no meu peito, sei que o teu pé continua atrás.
Sendo bem realista, creio que os dois pés.
Desculpa, mas eu ainda vou acordar e ter o impulso de te escrever um mensagem desejando bom dia, ainda vou me preocupar se você comeu ou se acordou no horário.
Ainda vou ter o gesto de pegar a mochila pra passar aí contigo as minhas sextas de folga.
Teu boné tem andado comigo, sabe? É uma sorte que ele esteja por aqui, você de alguma forma palpável está.
Perdoa meu jeito extremo, o 8 ou 80 ou o drama, mas o que falo aqui não é nada disso.
Aqui só estou colocando pra fora um pouco do que tem me sufocado e não posso dizer olhando nos teus olhos.
E enquanto os dias vão passando, eu só espero que tu ainda lembre o quanto foi bom.
É? Será de novo?
Tempo tempo tempo, só ele dirá.
E se assim for, minha mochila contente voltará a tomar um lugar no teu quarto, e eu, na tua vida.

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