sexta-feira, 19 de junho de 2009

Álvares de Azevedo

Pálida, a luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! na escuma fria
Pela maré das água embalada...
— Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti — as noites eu velei chorando
Por ti — nos sonhos morrerei sorrindo!

2 comentários:

Helô Müller disse...

Ah, que dádiva ler Álvares ...
Amei a escolha ! Uma delicadeza de poesia, aliás como todas as dele !
Beijos pra ti e uma bela BALADA de sexta !! rs
Helô

Alice Aquino disse...

Obrigada,querida!!!!
Só não sei de balada porque a chuva não quer colaborar
srsrsrsrs

Beijos