quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eduardo Alves da Costa

No caminho com Maiakóvski

"[...]Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,matam nosso cão,e não dizemos nada.
Até que um dia,o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,rouba-nos a luz,
e,conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.[...]