sábado, 18 de abril de 2009

Tão singelas palavras e tão bem colocadas.Como pode?
Isso resume parte do meu sofrimento contido e algoz que abstrai a sombra do meu sorriso já tão esporádico.
Eu não vou fugir,vou pedir licença educadamente como uma dama da corte:
“_Sir Sofrimento, com sua licença”.
É um deboche,um escárnio...Ok.
Eu só gostaria de ir para algum lugar onde não fosse me encontrar.
Onde fosse ouvir notas musicais e descompassadas,onde eu desenharia com nuvens,onde eu pudesse confiar que estaria segura mesmo com os olhos fechados.
Não, eu não caí totalmente.
A queda de Alice demora um tanto mais que isso para chegar até o chão.
O que faço é experimentar do veneno ao qual eu me propus.Não fujo, encaro.
Melhor dizendo:me retiro.
Mas para sofrer de um modo diferente:sofrer aprendendo.
Recitando,correndo com a mochila nas costas e com os fones no ouvido ressoando minha canção favorita do momento.
É um dia difícil.
A água está mais fria.
O coração está mais interligado ao cérebro e capta sentimentos que não quero sentir,mas que vou sentir e superar.
Quem sabe algo de bom não se revele?
Não,eu não deixei de ser sozinha.
Mas a solidão ficou menos só.
Não deixei de sentir tristeza.
Mas a tristeza ficou menos hostil.
Não deixei de ser eu mesma.
Mas eu me tornei alguém mais.

[ By Andie,do http://cortes-de-morango.blogspot.com/]

2 comentários:

Flor de Narciso disse...

nossa que forte!!!!
essa queda ainda não chegou ao chão de verdade!!!! anda minina!!! levante antes que chegue!!
bjo amiga!

Anônimo disse...

Em tempos como este é imprudente fazer muitos cálculos, pois seria necessário incluir ainda a caneta e o papel, que não é muito, mas é caro. Além disso, sabe-se que preocupações diminuem a capacidade de raciocínio e as habilidades de solucionar problemas. Logo, conclui-se, por a + b, que não é nada inteligente calcular prejuízos.

A questão, no entanto, é que saber é difícil, mas poder costuma ser humanamente impossível, alias, talvez não, mas certamente é ‘eumente’ impossível. Drogas! Quase sempre... Não poderia o sangue que leva oxigênio ao cérebro sair dos rins? Drogas! E ainda a destruição da camada de ozônio que esquenta mais minha cabeça... Drogas!

Tenho certeza que se fossem os rins minhas pernas não ficariam tremulas sempre quando você sorri. E também não gastaria dos tostões de meu tempo pensando que preciso te dar as mais lindas das paisagens para o brilho em teus olhos apagar até o último fio de luz em todas as coisas. E eu não repetiria que não haverá paz nem neste mundo nem no outro se não for teu o mais doce dos sabores e teu sorriso possa dar sentido a todas as formas de vida e de existência.

A ciência provou e estava certa: há uma lei para todos, todas as coisas e até ao poeta, qual seja, todo luxo significa uma angustia. A verdade, luxo do poeta, e de mais ninguém, é na verdade a fonte de toda sua dor. O poeta sabe, mais uma vez, não há poeta sem dor, é... a verdade dói e perder a poesia é caro. Não é tudo, há, ainda, outra angustia, o poeta, em toda sua verdade tem apenas a decisão de em quantas partes e com qual velocidade alimentar-se-á do próprio luxo. Sim... é do poeta a verdade, mas não as atitudes, este luxo é de outro.

Ar senhorita, cara Maisa, diga? Ao menos prove do luxo. Se é amargo, arde ou dói? Certamente! Mas és o poeta, de nada adiantaria ser e não ter nem um luxo.

Com respeito, carinho e curiosidade e algo mais. Além disso, peça o que for, diga o que quiseres, mas dei-me um sorriso.